quinta-feira, 30 de julho de 2009

EXPOSIÇÃO "PORMENORES" GOETHE-INSTITUT, Indicação Prêmio Açorianos 2008

DE 11 DE SETEMBRO A 05 DE OUTUBRO DE 2008 Uma visão cuidadosa sobre a temporalidade dos pormenores cotidianos. Assim a presente proposta expositiva posiciona-se na arte contemporânea, explorando linguagens, simbolismos e meios expressivos desta. Em continuidade do trabalho que venho desenvolvendo no campo das artes visuais, mais especificamente, na área da escultura e espaço, onde atuo, entre outras questões, na pesquisa teórica e empírica de signos artísticos, é que PORMENORES se apresenta em minha trajetória . Voltada para tal tema a partir das criações realizadas em meu projeto de conclusão de graduação (Artes Visuais – Ênfase Escultura-IA/UFRGS, 2006) e firmando-se com a participação em mostras coletivas, o interesse e exploração do signo como elemento artístico de sentido e significado (PANOFSKY, 1976) veio a se consolidar com a realização da mostra individual Pequenos Delitos (Porão do Paço Municipal de Porto Alegre, Dezembro de 2007/Janeiro de 2008) a qual recebi duas indicações para o Prêmio Açorianos 2008 (Categorias Escultura e Artista Revelação). Desta forma, nesta oportunidade, trago ao Goethe-Institut de Porto Alegre uma mostra híbrida em linguagens, materiais, técnicas e, especialmente, significados. Composta por seis peças individuais que se enredam na conjuntura geral da exposição, PORMENORES expõem-se através de fotografias plotadas, objetos (esculturas), e instalações, arranjadas numa espécie de espaço cênico. Procurando proporcionar estranhamento ao até então familiar, a proposta utiliza-se de recursos de iluminação direcionada e resgate de simbologias da história da arte, como o veludo vermelho, fazendo, por vezes (assim como em outras exposições minhas) analogias referenciais ao período Barroco desta. Utilizando recortes do dia-a-dia, como um dente perdido, uma cirurgia recente, uma vela queimada e pequenos “rolinhos” de charque sobre almofadas, PORMENORES atreve-se na mestiçagem entre o refinado e o comum, abusando do mundanismo da existência humana ao expor corpo e carne em sua condição mais temida, porém mais exata, a temporal. Assim sendo, acredito que a mostra poderá ser uma abertura ao paradoxal, ao mutável e à valorização do detalhe e do pormenor, seja ele um resgate histórico ou uma experiência cotidiana.

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